02 março 2011

contratempos

Fiquei doente e não pude comprar remédio sem receita, e também não havia tempo para marcar hora com doutor pra então conseguir receita. O ex-namorado pediu o carro emprestado, que na verdade é da minha mãe. Emprestei e ele bateu: nada grave, por sorte. Ele aproveitou a hora de devolver o carro pra trazer as últimas coisinhas que ficaram perdidas nas gavetas, prateleiras e cantos do apartamento velho: roupas, um pôster do filme 'cidade dos homens', laço de vestido, toalha de rosto, 3 estatuazinhas, uma boneca, um porta-jóias, um vidro com as 3 derradeiras gotas de perfume, um gravador, uma presilha, um blush, 3 fotos, duas bandanas, 4 livros, um gato-chinês-da-sorte, uma caixa de óculos-de-sol, uma vida. Dolorida, com tempo chuvoso lá fora, sem poder sequer tomar um gole de vinho, arrumei todas essas coisas que estavam sobre a cama, acalmei minha mãe 'o carro tá ótimo', dei um jeito de arrumar um remédio, parei, escrevi. Porque a vida segue e depois de amanhã é carnaval.


*e quem me ajudou na arrumação foi ela:

7 comentários:

Anônimo disse...

e como fim de namoro 'todo carnaval tem seu fim'. ainda bem. ou não. 1beijo

Anônimo disse...

vim aqui buscar um texto, que de tempos em tempos eu tenho que ler.
Li. Repensei.
Desde que o ano começou é assim: a chuva pode pular uns dois dias, mas ela sempre volta.
E o carnaval chegando... Chegando?

Carol disse...

qual o texto, anônimo?

Quem escreve disse...

nice song, and "Let him know", of course. By the way, our lifeps in misery. See u to break!

Michele Matos disse...

Ainda dá pra se divertir com muitos antiflamatórios que podem ser comprados sem receita. E o carro está bem, o carnaval passou e você já está bem também né? =*

Berzé disse...

A vida segue: pode ter certeza q isso é bom.
Berzé

... disse...

"Porque a vida segue"
talvez essa seja a frase que mais me acalme, o tempo todo.