24 maio 2008

Sempre que penso em escrever sobre ele, nunca sei. Nunca tenho palavra ou pensamento concreto pra sentimento tão grande.
É quem me faz passar por dores, e quem depois as alivia .
Eu olho pra ele e penso que é tudo que eu queria, e nem acredito que isso existe, isso de se ter tudo que um dia a gente quis: choro de madrugada e desculpas. Beijos de despedida e saudades. Bombons em dias comuns. Sintonias de pensar junto na música ou na cor.
É como no dia que ele cismou de ir embora pra sempre, e eu nem pra pedir pra ficar tive forças. Chorei sozinha, e quando vi que era tudo brincadeira dele, pensei: esse menino me ama. Ele me fez acabar por uns minutos, e tudo que eu pensava era amor.
É tanta dor, e tanto amor, e no fim é tudo junto e eu já nem sei mais, e prefiro só ficar calada, sorrindo e chorando, o que merecer o momento.
Toda vez que eu acordo de manhã e vejo ele dormir me dá vontade de mudar de vida, morar na praia e dormir em rede. Com ele, e só.
Daí que eu sei que isso é amor, essa coisa com ares de fim de tarde, que é leve e pesado, depende de como está nosso coração. É nunca de manhã, tão puro. E nunca de noite, tão pesado. Um e outro, sempre junto. Ciúmes de rasgar a pele e carinhos dos mais tranqüilos. Medos incertos e vontades de cinco filhos. Adeus pra sempre e adeus nunca mais. Me deixa só e me leva embora.
É meu paradoxo e meu complemento. É aquilo que eu sempre quis, é a palavra que eu nunca vou saber dizer.


[E se desconfiar da minha alegria excessiva, saiba que a culpa é toda sua.]

4 comentários:

Gabriela Gomes disse...

É "só" por isso que amar é bom! ;)

Rosa disse...

dói ler isso sem ter pra quem doar.



mas você sabe que eu agradeço que você tenha o encontrado. assim eu te encontrei, né?]


lindo de ver.

Flávia disse...

amor é bom, né?

Lindo seu texto.

Beijo!

Anônimo disse...

Ai, esse nerdinho! Quem diria, hein, Carol...