01 setembro 2007

Era uma vez...Era uma vez? Sim, sim. Pois essa é uma história com um toquezinho de fantasia, faz-se então digna do ‘Era uma vez’. Pois bem.
Era uma vez um gramado perto de um rio, numa terra sempre quente, sempre bela e cheia de borboletas roxas, rosas e azuis. E nesse gramado havia uma árvore, que é o que na verdade tem mais importância. Era única aquela árvore, não havia outra ao lado e nem por perto, num raio de 5 quilômetros, mais ou menos. Ninguém nunca chegou a medir isso, mas é o que eu calculo mentalmente. Na verdade, é um número que inventei, só pra vocês imaginarem que a árvore era só em um grande e belo espaço. E essa árvore tinha flores, muitas flores. Pequenas e amarelas. Todas perfumadas, com cheiro de verão, e quem passava perto achava que o cheiro era das borboletas, pois ficava tão lindo pensar que aquelas coisinhas coloridas e pequeninas fossem também perfumadas!
Mas a árvore por enquanto é o que realmente interessa. E ela era uma árvore que deveria dar frutos, porém, não se sabe se por engano da natureza ou por pura vaidade da árvore, ela só dava as flores perfumadas. Acontece que, um dia, quando era época de frio no resto do país, mas lá era manha de sol, surgiu na árvore, ali entre as flores, uma coisinha cor-de-laranja. Quem viu pensou que a árvore realmente havia se decidido à dar frutos. E com aquele perfume, claro, só poderia ser uma laranjeira. Aquela pequenina coisinha cor-de-laranja ficou ali, quietinha, num cantinho entre as flores por dias; dias que foram logo semanas e depois meses. Então, houve um dia que, depois de um amanhecer que havia sucedido uma noite estrelada e que esta tivera seu início com uma chuva de águas mornas de verão, a coisinha cor-de-laranja se mexeu. Nada de muito brusco, foi apenas uma balançadinha. Mas era tão frágil que isto já a fez cair de uma vez sobre a grama. Ali ficou, e até as borboletas deram uma paradinha no ar, só pra ver o que acontecia. E demorou a acontecer, mas aconteceu. A laranja foi aos poucos se abrindo, dando lugar a um branco, e tudo se levantou. A surpresa foi tão grande que passarinho nenhum, por mais longe que voe, poderia imaginar: era uma menina!
Pequena como as flores, alegre como as borboletinhas e de cabelos ruivos, que a faziam confundir com uma laranja!
A primeira coisa que fez foi sorrir. Depois espreguiçou longo e leve. E a terceira coisa que fez foi cantar.
Todo mundo que viu se espantou, pois não poderia existir algo assim, uma menina tão pequena, tão alegre e com cabelos cor-de-laranja. Mas lá estava ela, sorrindo pra qualquer um e tomando banho de sol.
E por ter surgido no estranho calor de julho, chamaram-na Juliana. E por ter, por assim dizer, caído no mundo depois da chuva do verão de dezembro, era tão alegre. E por ser a única fruta de uma árvore que só dá flores, era diferente de todo o resto do mundo! Ela cantava e ria e pouco se preocupava com qualquer chaticezinha. E, devido ao lugar onde surgiu, tinha a cabeça nas nuvens, sempre cercada de borboletazinhas coloridas que a faziam pensar sempre mais longe, porque ela vivia é acompanhando o vôo das borboletas com o olhar, até sumir. E bem, o final da história é esse. O que interessa é que em algum lugar há uma árvore única e uma menininha mais única ainda. E sim, ela viverá feliz para sempre!

Um comentário:

Theo disse...

qdo eu penso que ja li coisas novas legais e bonitas
simples e que explicam tudo

eu descubro minha namorada
mais inovadora que telefone movel!
menina que escreve fodamente bem!!!
amo ela
e ainda mais a escrita ela =*